
Categoria: Artigos
Data: 18/02/2025
Querida Igreja, Não Seja Tolerante com o Erro
Cristo caminha entre os castiçais e sua voz ainda ressoa às igrejas. Ele louva, consola e exorta, mas também fere e sara. A igreja de Tiatira tinha muito do que se orgulhar: amor crescente, fé operosa, serviço incansável e perseverança digna de nota (Ap 2.19). Mas o Senhor, com seus olhos flamejantes, viu algo que ela preferiu ignorar: a tolerância ao erro.
Tiatira permitiu que Jezabel falasse. Não a silenciou, não a corrigiu, não a expulsou. Suportou sua voz sedutora, deixou que o veneno da idolatria e da imoralidade se infiltrasse na comunhão dos santos. E assim, a mentira foi aceita como verdade, e o pecado encontrou abrigo no meio do povo de Deus. Oh, igreja, quão terrível é quando o erro se disfarça de piedade e a indiferença é confundida com amor!
Querida igreja, não sejas tolerante com aquilo que Cristo abomina. O mundo prega aceitação irrestrita, mas Cristo nos chama a pureza inegociável. Se abrimos as portas ao pecado, fechamos as janelas para a glória. Se damos espaço à heresia, expulsamos a verdade. Se suavizamos a espada do Espírito, transformamos o Evangelho em um pedaço de madeira podre, incapaz de cortar, fraco demais para defender.
Lembremo-nos: Cristo não ignora o desvio. Ele deu tempo a Jezabel para que se arrependesse, mas ela recusou (Ap 2.21). Então, sua sentença foi selada: enfermidade, tribulação e morte para os que a seguiram (Ap 2.22-23). O juízo pode tardar, mas virá. A paciência de Deus não é conivência, é misericórdia estendida, mas não infinita.
Ainda assim, há uma promessa para os fiéis: os que não se dobraram à mentira reinarão com Cristo (Ap 2.26). Aos vencedores, Ele dará a Estrela da Manhã, Ele mesmo! (Ap 2.28). Oh, que recompensa! Enquanto o mundo se prostra diante dos ídolos e dos elogios passageiros, os que permanecem firmes herdarão o que é eterno.
Querida igreja, o amor verdadeiro não é permissivo, é zeloso. A fé genuína não negocia, se mantém inabalável. A santidade não se mistura, se separa. Não sejamos tolerantes com o que Cristo condena. Antes, guardemos firme o que temos até que Ele venha (Ap 2.25), pois nossa fidelidade não será esquecida, e nossa perseverança será coroada.